Lourenço, Maria Paula Marçal2009-10-092009-10-092001"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 5 (2001): 651-6680871-7664http://hdl.handle.net/10400.3/358Apesar da evocação constante do espírito de caridade e da acção misericordiosa das Rainhas de Portugal, escasseiam, ainda hoje, trabalhos de grande fôlego que estudem na sua pluridimensionalidade o patrocínio religioso e assistencial das consortes régias. Com uma ou outra excepção, para os tempos medievos e para a época moderna, muito está ainda por fazer. Quer para as terras do Reino, quer para as longínquas paragens da Índia, da China e do Brasil. Um outro campo de estudo apenas recentemente explorado é o das relações entre a Casa das Rainhas e as várias instituições religiosas existentes nas terras pertencentes a este domínio senhorial. Como tivemos oportunidade de sublinhar noutro trabalho, as rainhas dispunham de amplos e diversos direitos de natureza eclesiástica, que incluíam o direito de padroado das cidades, vilas e terras sob sua alçada jurisdicional, a que estava anexa a prerrogativa de provimento dos respectivos cargos e benefícios eclesiásticos; a apresentação de lugares de freiras e de merceeiras; e, por fim, a protecção a mosteiros, a conventos, a misericórdias, a confrarias, a irmandades e a hospitais. Sem esquecer as esmolas múltiplas a pessoas e a instituições. Não é esse, porém, o objectivo do presente texto, que apenas pretende estudar a natureza, o âmbito e a especificidade das ligações institucionais entre a Casa das Rainhas - através do orgão central de gestão administrativa, o Conselho da Fazenda - e a confraria hospitalar do Espírito Santo de Alenquer, entre 1645 e 1653. [...]porConfraria do Espírito Santo de Alenquer (1645-1653)História de PortugalA Casa das Rainhas e a Confraria do Espírito Santo de Alenquer : poderes senhoriais e patrocinato religiosojournal article