Luz, José Luís Brandão da2012-06-042012-06-041998«A ideia de natureza em Descartes», em Maria José Cantista e José Francisco Meirinhos (coord.), "Descartes, reflexão sobre a modernidade", Actas do Colóquio Internacional (Porto, 18 a 20 de Novembro, 1996), Porto, Edição da Fundação Eng. António de Almeida, 1998, pp. 291-302.972-8386-21-4http://hdl.handle.net/10400.3/1382Comunicação apresentada no Colóquio “Descartes: Reflexão Sobre a Modernidade”, organizado pela Secção de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto para celebrar o IV centenário do nascimento de Descartes, de 18 a 20 de Novembro de 1996.A informação sensível transmite-nos uma visão do mundo que obscurece a verdadeira natureza das coisas. Pelo contrário, o seu valor representativo não está na semelhança com os objectos, mas no poder de nos transmitir a sua figuração geométrica. O novo mundo da física cartesiana responde assim a exigências do espírito, que requer um esforço para o tornar verosímil. Por isso Descartes recorre a exemplos da experiência corrente e a uma argumentação convincente que parece responder à necessidade de ganhar adeptos para as virtualidades do modelo operatório da nova ciência mecanicista. Assiste-se, desta forma, na imaginação, a um esforço operativo, em que, por um lado, se procede à codificação da experiência sensível, pela sua simplificação geométrica, e, por outro lado, em sentido inverso, se procede ao reconhecimento na experiência dos esquemas figurativos que a razão definiu. Este segundo processo apoia-se nos artifícios da argumentação, que procuram mostrar, mais do que demonstrar, como a natureza se organiza segundo a ordem da geometria. A compreensão da natureza não se dá na imediatez da percepção sensível do fenómeno, mas na leitura que o espírito faz das impressões que a imaginação recebe.porConhecimentoFísica CartesianaGeometriaImaginaçãoMecanicismoMovimentoNaturezaPercepçãoRazãoRepresentaçãoA ideia de natureza em Descartesbook part