Andrade, Luís Manuel Vieira de2009-09-242009-09-242000"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 4, nº 2 (2000): 613-623http://hdl.handle.net/10400.3/325O mundo em que nós vivemos hoje em dia, consequência directa do fim da guerra fria, caracteriza-se, em nosso entender, por uma grande imprevisibilidade que se verifica a vários niveis. Parece ser aceitável dizerse que as relações internacionais desde o fim da Segunda Guerra Mundial até à queda do muro de Berlim, em 1989, foram caracterizadas mais pela sua estabilidade do que pela sua instabilidade, na medida em que, muito embora a possibilidade de ocorrer um conflito entre as duas superpotências fosse real, o facto é que quase tudo estava perfeitamente definido. Neste momento, a incerteza, a instabilidade e a insegurança parecem ser as características mais relevantes dos nossos dias, como se pode facilmente verificar através de vários exemplos, nomeadamente aquele que se regista no Kosovo e que constitui um prova inequívoca das consequências que os ódios de natureza étnica e religiosa podem vir a ter num determinado estado ou região. De igual modo, nas margens sul e oriental do Mediterrâneo, a situação é, no minimo, preocupante, na medida em que continuamos a assistir a uma tendência clara no que diz respeito ao aumento progressivo do fundamentalismo islâmico, como o comprova os casos da Argélia e até mesmo do Egipto, para já não mencionar o próprio Médio Oriente. Por outro lado, os nacionalismos, que parecem ganhar maior ímpeto e vigor, estão na base dos acontecimentos dramáticos que tiveram lugar no Cáucaso, assim como noutras regiões um pouco por todo o mundo. [...]porNATOPolítica InternacionalPortugal, a aliança atlântica e o pós-guerra friajournal article