Almeida, António Augusto Marques de2010-06-162010-06-161995"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 1, nº 1 (1995): 105-1210871-7664http://hdl.handle.net/10400.3/510O desenvolvimento da aritmética na sociedade portuguesa quinhentista representa um processo complexo, dependendo da interrelação entre a prática social e a teia formativa das estruturas sociais e mentais. Objectivamente a matemática constitui-se como utensilagem mental, adequada a descrever alguns factos físicos e particularmente ajustada a certo tipo de transformações. Tal descrição apresenta-se como um sistema aberto, capaz de permitir a aritmetização do real e, numa fase superior do processo, a sua matematização. Trata-se de um problema bem rastreado na historiografia portuguesa, encontrando-se ainda longe do entendimento global porque, de facto, conhece-se melhor o processo transformativo do que as suas origens. Assim sendo, este estudo pretende ocupar-se de tais origens, ou melhor dito, de uma delas: a componente italiana, ao mesmo tempo que visa documentar momentos significativos da sua recepção. Com efeito, de entre os paradigmas matemáticos possíveis que se entrecruzam a montante da prática quatrocentista, o boeciano, o euclidiano, o indo-árabe e o mediterrânico é, sem dúvida, este último o que menos se conhece embora, paradoxalmente, seja o mais estudado. [...]"porCiênciaHistória da Matemática (séc. XV-XVI)A matemática em Portugal (séculos XV-XVI) e as suas fontes italianas : a difusão do paradigmajournal article