Freire, José António Simões2009-09-282009-09-282001"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 5 (2001): 89-1180871-7664http://hdl.handle.net/10400.3/331Logo após a descoberta e a arroteia o arquipélago dos Açores, fruto da sua localização geográfica, integra-se nas dinâmicas económicas do Atlântico, convertendo-se em ponto de escala seguro para os navios que cruzavam o hemisfério Norte. O sucesso da integração dos Açores na economia Atlântica, isto é nos circuitos comerciais euro-ultramarinos, decorre em parte da função de conexão intercontinental. A correlação estabelece-se primeiro com o Oriente e, posteriormente, com o Brasil. No caso específico da ilha de São Miguel, a correspondência brasileira alicerça-se também numa agricultura que, em quantidade e qualidade, fornece produtos para exportação. A descoberta em 1500 do Brasil acrescenta novas terras ao ultramar português, que nos séculos vindouros se transformará no principal centro de abastecimento de matérias-primas e riquezas do Império. Assim, à medida que as potencialidades na nova região vão sendo conhecidas, a coroa trata de sistematizar e organizar a sua exploração, criando empresas monopolistas e combatendo o contrabando, com o objectivo de por este meio aumentar as suas rendas. O solo, primeiro com a exploração de madeiras, a que se segue o cultivo da cana de açúcar e do tabaco e, posteriormente, o subsolo com a extracção do ouro e dos diamantes, tornam o Brasil uma área cobiçada por todos os agentes económicos. Neste contexto, surgem os mercadores micaelenses que, desde cedo, procuram no comércio com o Brasil produtos que animem a actividade comercial da ilha de S. Miguel. [...]porRelações Comerciais (1700-1720)História dos Açores (séc. XVIII)História do Brasil (séc. XVIII)As relações comerciais entre a Ilha de São Miguel e o Brasil (1700-1720)journal article