Borges, Paulo A. V.2021-04-282021-04-282020Borges, P.A.V. (2020). Um mundo único e ameaçado: redutos de diversidade de artrópodes raros nos Açores. "Atlântida, Revista de Cultura", 65, 457-464.1645-6815http://hdl.handle.net/10400.3/5894Na altura da sua descoberta pelos navegadores portugueses no século XV, estas ilhas estavam cobertas por densas florestas. Infelizmente, nos nossos dias já pouco resta desse habitat. A necessidade de sustentar uma população crescente viu a vegetação na ilha ser substituída por diversas culturas agrícolas e pastagens, sendo estas últimas as grandes dominantes da atualidade. Igualmente, as plantações de exóticas como a criptoméria (Cryptomeria japonica) ou os matos de espécies invasoras como o incenso (Pittosporum undulatum) contribuíram para a perda de uma fração assinalável dos habitats nativos. Foi em terrenos mais acidentados, inacessíveis ou inférteis, onde o eventual aproveitamento humano não compensa o esforço, que subsistiram fragmentos da floresta original. Estes fragmentos de floresta são dominados por árvores e arbustos endémicos, exclusivos dos Açores, como o cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), o louro (Laurus azorica), o azevinho (Ilex perado subsp. azorica), a uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum) e a urze (Erica azorica), entre outras. Os tipos de floresta ainda presentes foram recentemente caracterizados por Elias et al. (2016), sendo as manchas mais importantes denominadas por "Juniperus-llex Montane Forests" e "Juniperus Montane Woodlands", localizadas acima dos 500 m de altitude. Estas florestas estão recobertas por extensos mantos de musgos em todos os seus substratos, simulando as florestas tropicais luxuriantes (Gabriel & Bates, 2005).porBiodiversidadeEspécies EndémicasFloresta NativaUm mundo único e ameaçado : redutos de diversidade de artrópodes raros nos Açoresjournal article