Luz, José Luís Brandão da2012-06-062012-06-062008-01«Fernando Gil e a sedução das "paisagens dos confins"», em AA.VV. "A Razão Apaixonada: Homenagem a Fernando Gil", Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2008, pp. 113-127.978-972-27-1563-8http://hdl.handle.net/10400.3/1383As concepções que a filosofia das ciências desenvolveu, por critérios de verdade e exigências de uma ordem consequente de razões, não trazem o certificado de resistência das suas fundações. A abordagem da realidade é inseparável da catalogação que o pensamento faz da nossa experiência perceptiva e da sua expressão pela linguagem, o que levanta o problema de compreender o que confere credibilidade às nossas conjecturas sobre a realidade: onde se localizam os «confins» das paisagens que o nosso olhar pode alcançar e que dá sentido a tudo o que ele pode enxergar? A relação directa que a percepção mantém com a informação sensorial não significa que o seu conhecimento se compreenda em termos duma apropriação imediata. Com efeito, a realidade só é conhecida na sua verdade quando é acolhida no interior da consciência, o que leva Fernando Gil a equacionar o problema em dois tempos: o primeiro consiste em saber como é que a consciência experimenta este sentimento de ligação directa com os dados da apreensão sensorial; o segundo consiste em perceber o suporte ontológico desta vivência na consciência. Para procurar compreender em que nos apoiamos para afirmar que as coisas aparecem ao espírito na sua verdade, Fernando Gil condu-lo a uma estimulante reflexão sobre a teoria da evidência como critério de verdade.porArnauldDescartesFreudHusserlMalebrancheEvidênciaDirectoImediatoVerdadeFernando Gil e a sedução das "paisagens dos confins"book part