Luz, José Luís Brandão da2012-06-182012-06-181994«Teófilo Braga, uma filosofia do aplauso», sep. de "Homenagem a Lúcio Craveiro da Silva", Braga, Universidade do Minho, 1994, pp. 207-222.http://hdl.handle.net/10400.3/1427O positivismo negou à filosofia a sua dimensão metafísica e cortou o passo à legitimidade de um tratamento filosófico das questões que o espírito humano coloca para além do domínio do deduzível e do verificável. Para Comte, a filosofia limita-se a determinar as condições do conhecimento da realidade, constituindo-se como um instrumento metodológico das diferentes ciências. Teófilo Braga seguiu a linha de inspiração comtiana, elegendo como temas nucleares a questão da demarcação entre o cognoscível e o incognoscível, que a chamada lei dos três estados apresenta, e a ordenação dos conhecimentos, que se organizam de acordo com uma íntima articulação de procedimentos indutivos e dedutivos. Ao mesmo tempo, assume o propósito de preencher as lacunas e renovar a sistematização racional dos fenómenos do universo iniciada por Comte, harmonizando-a com os aprofundamentos que se realizavam ao nível das diferentes disciplinas. A verdade absoluta e definitiva constrói-se com o testemunho da experiência, que confere infalibilidade e segurança às previsões científicas e marca o ritmo do progresso crescente do conhecimento. Daí a especial atenção que merecem as questões metodológicas, como o estudo dos procedimentos indutivos e dedutivos sobre que se organiza todo o conhecimento nas ciências. Esta dimensão triunfalista da filosofia despertou sentimentos contraditórios em Portugal, que cedo denunciou as suas limitações.porAlfredo PimentaAntónio FerrãoEça de QueirósCognoscívelDeduçãoExperiênciaInduçãoLeis Dos Três EstadosPopulaçãoPositivismoPsicologiaVerdadeTeófilo Braga, uma filosofia do aplausobook part